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"O hábito tem-lhe amortecido as quedas. Mas, sentindo menos dor, perdeu a vantagem da dor como aviso e sintoma. Hoje em dia, vive incomparavelmente mais serena, porém em grande perigo de vida: pode estar a um passo de já ter morrido, e sem o benefício de seu próprio aviso prévio." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Perdoar e esquecer

Perdoar e esquecer equivale a jogar pela janela experiências adquiridas com muito custo. Se uma pessoa com quem temos ligação ou convívio nos faz algo de desagradável ou irritante, temos apenas de nos perguntar se ela nos é ou não valiosa o suficiente para aceitarmos que repita segunda vez e com frequência semelhante tratamento, e até de maneira mais grave. Em caso afirmativo, não há muito a dizer, porque falar ajuda pouco. Temos, portanto, de deixar passar essa ofensa, com ou sem reprimenda; todavia, devemos saber que agindo assim estaremos a expor-nos à sua repetição. Em caso negativo, temos de romper de modo imediato e definitivo com o valioso amigo ou, se for um servente, dispensá-lo. Pois, quando a situação se repetir, será inevitável que ele faça exactamente a mesma coisa, ou algo inteiramente análogo, apesar de, nesse momento, nos assegurar o contrário de modo profundo e sincero. Pode-se esquecer tudo, tudo, menos a si mesmo, menos o próprio ser, pois o carácter é absolutamente incorrigível e todas as acções humanas brotam de um princípio íntimo, em virtude do qual, o homem, em circunstâncias iguais, tem sempre de fazer o mesmo, e não o que é diferente. (...) Por conseguinte, reconciliarmo-nos com o amigo com quem rompemos relações é uma fraqueza pela qual se expiará quando, na primeira oportunidade, ele fizer exactamente a mesma coisa que produziu a ruptura, até com mais ousadia, munido da consciência secreta da sua imprescindibilidade.( Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida')

2 comentários:

Nicholas Sana disse...

Nao gosta dec comentários?!?!..rs...apaga-os todos!!!..rs...

sou seguidor de Schopenhauer...maa discordo dele nessa dissoante, para ele o ser era imutável e nesse ponto fascivel de fazer sempre o mesmo quando se encontra em identica situação, mas onde está o aprendizado!? Algumas vezes incultos o farão para o resto de suas vidas o mesmo sempre, mas existem ainda os que fazem aprender com tudo e mudar se não os estiver agradando, a vida somos nós que fazemos e não afirmações de que somos seres identicos do inicio ao fim!!!...

Van Siqueira disse...

hahaha bobão...até parece que vou apagar....e nem estou com cabeça para "retrucar" com tua linha de raciocínio HOJE (entenda o HOJE!)...depois farei questão de respondê-lo...bju