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"O hábito tem-lhe amortecido as quedas. Mas, sentindo menos dor, perdeu a vantagem da dor como aviso e sintoma. Hoje em dia, vive incomparavelmente mais serena, porém em grande perigo de vida: pode estar a um passo de já ter morrido, e sem o benefício de seu próprio aviso prévio." (Clarice Lispector)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Livres cerejas ao vento -Voem...

Como uma alma sem pesar...Deixo o vento hoje me levar
Um dia eu acordei e desanimei com a vida
Que vida tola esta, quantos amores ñão serão vividos
Como uma alma a desmoronar...Deixo as muralhas tomarem conta de mim
Enfio-me entre meus próprios nós e me desapego de tudo o que há por fora
Um dia eu acordei e desanimei com a vida
Que vida estranha esta, quantos amores estão longe de mim
Apenas me resta uma dose de veneno neste mundo sem cor
Engulo o ar que respiro já sem vontade...

Um dia eu acordei e animei-me com a vida
Que vida boa esta, quantos dias ainda tenho para viver?
Como uma alma saltitante, olho no espelho e gosto do que vejo
Escancaro-me para o mundo
Alegria venha me ver!
Possuia meus amores, tinha a bruma da manhã
O vento soprava leve
E eu respirava a plenos pulmões...

Um dia eu acordei e a vida não existia
Que vida é esta? Onde ela está?
Nunca conheci meus amores, nunca tive o que lamentar.
Não existem as muralhas, nem alegrias, nem espelhos...
Como uma alma que nunca teve pulmões
Pus meu medo de nunca existir para fora
Eu nunca senti o vento
Como será este vento que entristece e as vezes anima?

Decidi aceitar a vida
Ou pelo menos respirar...
Com uns amores que vem e outros que vão
Com uma alma... morta
Mas ainda assim tendo alma e um coração.

Escrito por: Vanessa Siqueira (30/10/2009)
(Favor não reproduzir sem me avisar)

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